segunda-feira, 22 de abril de 2013

Tiradentes

A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais antecedentes da Independência do Brasil.
Conhecido também como Conjuração Mineira, a Inconfidência Mineira foi uma tentativa de revolução contra a exploração que o Brasil Colônia sofria sob o domínio de Portugal. Seu principal representante, uma figura histórica relembrada até hoje, foi Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.
Em meados do século XVIII, por volta de 1782, o declínio da produção de ouro em Minas Gerais foi intenso. Por este motivo, a Coroa Portuguesa controlou ainda mais o Brasil Colônia,  especialmente a região mineira, intensificando a exploração e revoltando ainda mais a população. Em 1785, as atividades artesanais e fabris foram proibidas, e os produtos vindos da Metrópole possuíam taxas muito altas. Nestas situações, o então governador da capitania de Minas Gerais, D. Luís da Cunha Meneses, recebeu ordens de Portugal para cobrar a população mineira em dinheiro, para que esta completasse o que faltasse da cota de ouros que o Brasil deveria produzir para Portugal.
Acompanhe aqui, o resumo da Inconfidência Mineira.

Inconfidência Mineira participantes

A mais importante reunião dos conjurados, obra de Pedro Américo.Com a grande exploração de ouro, e da cobrança de muito dinheiro, a população mineira começou a se revoltar, dando início à Inconfidência Mineira. As classes mineiras mais ricas como os proprietários rurais, os militares, os poetas e o clero começaram a reunir-se para encontrar uma solução para esta exploração.  Entre toda a população revoltada, destacavam-se treze figuras importantes na Inconfidência Mineira Domingos de Abreu Vieira (um contratador), José da Silva e Oliveira Rolim, Manuel Rodrigues da Costa e Carlos Correia de Toledo e Melo (padres), o Presbítero Luís Vieira da Silva, Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga (poetas), Francisco Antônio de Oliveira Lopes (coronel), José de Resende Costa (capitão) e seu filho José Resende Costa Filho, Luís Vaz de Toledo Pisa (sargento-mor) e o Tenente (ou Alferes) Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Principais acontecimentos da Inconfidência Mineira

A Resposta de Tiradentes ao Desembargador Rocha no ato da comutação da pena aos seus companheiros depois da Missa, obra de Leopoldino FariaCom o grupo que iniciaria a Inconfidência formado, a população mineira pretendia livrar-se da exploração e da colonização de Portugal, fazendo com que o país se tornasse independente. Mas não havia ainda um interesse em libertar a colônia inteira, pois uma identidade brasileira não havia sido formada ainda. A implantação de uma República era a muitíssimo requisitada, pois as ideologias de governo provinham de grandes Iluministas franceses e americanos. O interesse em libertar os escravos não era profundo, pois toda a mão de obra do país era realizada por eles. Este grupo preparado para a Inconfidência Mineira possuía um traidor. No dia em que o movimento principal da Inconfidência foi marcado, os revolucionários poderiam contar com a população mineira, pois esta se encontrava em praça pública. Mas, para ter sua dívida com a Coroa portuguesa perdoada, um dos coronéis que participava do grupo para a Inconfidência relatou o plano de Inconfidência da população.

Fim da Inconfidência Mineira

Prisão de Tiradentes, de Antônio Diogo da Silva Parreiras
A Coroa conseguiu conter grande parte da população mineira e todos os participantes da Inconfidência foram condenados por crime de infidelidade ao rei, e foram encaminhados ao Rio de Janeiro. Alguns integrantes e participantes da Inconfidência receberam como punição o exílio para a África, e outros, a prisão. Assumindo o comando da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi condenado à forca em praça pública, e foi executado no dia 21 de abril de 1792 no Campo da Lampadosa. Após sua execução, Tiradentes foi esquartejado e os pedaços do seu corpo foram expostos em praça pública. Este feito foi executado pela Coroa portuguesa, com o intuito de mostrar à população mineira o que ocorria caso alguém questionasse o poder da Coroa, como os participantes da Inconfidência.
Mesmo sem sucesso, a Inconfidência Mineira é um fato marcante para a história do Brasil, pois foi o antecedente mais importante da Independência do Brasil. Sem revoluções importantes, como a Inconfidência, o Brasil continuaria a ser explorado pela Coroa de Portugal por muitos anos.


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