A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais antecedentes da Independência do Brasil.
Conhecido também como Conjuração Mineira, a Inconfidência Mineira foi
uma tentativa de revolução contra a exploração que o Brasil Colônia
sofria sob o domínio de Portugal. Seu principal representante, uma
figura histórica relembrada até hoje, foi Joaquim José da Silva Xavier, o
Tiradentes.
Em meados do século XVIII, por volta de 1782, o declínio da produção
de ouro em Minas Gerais foi intenso. Por este motivo, a Coroa Portuguesa
controlou ainda mais o Brasil Colônia, especialmente a região mineira,
intensificando a exploração e revoltando ainda mais a população. Em
1785, as atividades artesanais e fabris foram proibidas, e os produtos
vindos da Metrópole possuíam taxas muito altas. Nestas situações, o
então governador da capitania de Minas Gerais, D. Luís da Cunha Meneses,
recebeu ordens de Portugal para cobrar a população mineira em dinheiro,
para que esta completasse o que faltasse da cota de ouros que o Brasil
deveria produzir para Portugal.
Acompanhe aqui, o resumo da Inconfidência Mineira.Inconfidência Mineira participantes
Com
a grande exploração de ouro, e da cobrança de muito dinheiro, a
população mineira começou a se revoltar, dando início à Inconfidência
Mineira. As classes mineiras mais ricas como os proprietários rurais, os
militares, os poetas e o clero começaram a reunir-se para encontrar uma
solução para esta exploração. Entre toda a população revoltada,
destacavam-se treze figuras importantes na Inconfidência Mineira
Domingos de Abreu Vieira (um contratador), José da Silva e Oliveira
Rolim, Manuel Rodrigues da Costa e Carlos Correia de Toledo e Melo
(padres), o Presbítero Luís Vieira da Silva, Cláudio Manuel da Costa,
Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga (poetas),
Francisco Antônio de Oliveira Lopes (coronel), José de Resende Costa
(capitão) e seu filho José Resende Costa Filho, Luís Vaz de Toledo Pisa
(sargento-mor) e o Tenente (ou Alferes) Joaquim José da Silva Xavier, o
Tiradentes.
Principais acontecimentos da Inconfidência Mineira
Com
o grupo que iniciaria a Inconfidência formado, a população mineira
pretendia livrar-se da exploração e da colonização de Portugal, fazendo
com que o país se tornasse independente. Mas não havia ainda um
interesse em libertar a colônia inteira, pois uma identidade brasileira
não havia sido formada ainda. A implantação de uma República era a
muitíssimo requisitada, pois as ideologias de governo provinham de
grandes Iluministas franceses e americanos. O interesse em libertar os
escravos não era profundo, pois toda a mão de obra do país era realizada
por eles. Este grupo preparado para a Inconfidência Mineira possuía um
traidor. No dia em que o movimento principal da Inconfidência foi
marcado, os revolucionários poderiam contar com a população mineira,
pois esta se encontrava em praça pública. Mas, para ter sua dívida com a
Coroa portuguesa perdoada, um dos coronéis que participava do grupo
para a Inconfidência relatou o plano de Inconfidência da população.
Fim da Inconfidência Mineira
A Coroa conseguiu conter grande parte da população mineira e todos os
participantes da Inconfidência foram condenados por crime de
infidelidade ao rei, e foram encaminhados ao Rio de Janeiro. Alguns
integrantes e participantes da Inconfidência receberam como punição o
exílio para a África, e outros, a prisão. Assumindo o comando da
Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, foi
condenado à forca em praça pública, e foi executado no dia 21 de abril
de 1792 no Campo da Lampadosa. Após sua execução, Tiradentes foi
esquartejado e os pedaços do seu corpo foram expostos em praça pública.
Este feito foi executado pela Coroa portuguesa, com o intuito de mostrar
à população mineira o que ocorria caso alguém questionasse o poder da
Coroa, como os participantes da Inconfidência.
Mesmo sem sucesso, a Inconfidência Mineira é um fato marcante para a
história do Brasil, pois foi o antecedente mais importante da
Independência do Brasil. Sem revoluções importantes, como a
Inconfidência, o Brasil continuaria a ser explorado pela Coroa de
Portugal por muitos anos.
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